Se compararmos nossas vidas a uma viagem de trem???
Uma comparação extremamente interessante, quando bem interpretada...
Nossa vida é como viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com os desembarques...
Muitas pessoas tomam esse trem a passeio, outras fazem a viagem experimentando somente tristezas.
E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas, outros viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso.
Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. ..."mesmo assim temos que prosseguir a viagem".
Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques.
Sabemos que esse trem jamais volta.
O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos.
Texto adaptado.
...Fágna Carvalho!!!
...A viagem de trem!!!
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Talvez a parada sempre esteve decidida, antes mesmo de sentirmos indecisão. A vida é uma passagem rápida de um vagão, uma dança esquisita em que cada um dança de um jeito e quem não dança ou faz aula, ou acaba dançando, vai caindo, nos tropeços vai tentando. A vida é uma encenação que não precisa de ensaios, é uma viagem sem tempo de volta. Se muitos daqueles que persistem viagem conosco se vão, muitos outros chegarão. Nada é para sempre e o sempre nunca foi nada, nada além de uma supertição. Faço porque há tempo para ser feito, deixo para amanhã o que deve ser feito hoje e o tempo vai passando, a vida vai seguindo, o trem vai partindo e aqueles que estão comigo, amanhã estarão por si.
Entrei neste trem para chegar, para onde? Não sei! Pelo que? Não compreendo. Apenas sigo o caminho que este há de me guiar, para o sempre, para o futuro e eu aqui sentada no banco tão duro do presente observando a paisagem passar, às vezes faz frio, às vezes chove e o sol costuma a raiar em tempos de verão. Meu coração a famigerar casos e histórias, às vezes muitas companhias aparecem, em outras solidões. E está viagem tão longa que não passa de curta passagem de tempo. E enquanto o mundo vai passando pela minha janela vou dançando a música de muitas delas, tantas vidas, vou encenando tantos papeis, deixo de ser o que sempre fui, belas vidas vividas de coisas que queria ser e não fui, de coisas que sou e não queria ser.