Dionísias urbanas


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Me descobrir apaixonada! Encantada! Ate ludibriada...pelo silencio nos seus caminhos e na sua bela contradição, me enfeiticei também no seus mais variados sons, barulhos e melodias.
Me perdi olhando para todos os diferentes tons e nuances das luzes e porque não também pela ausência dos mesmos, o escuro que me traz medo, adrenalina. Prova inegável
de que ainda há vida em mim.
Me prendi nas amarras de seus mistérios , seus milhões de rostos, semblantes, olhares e estilos.
Me mexi no ritmo frenético de suas canções em passos não ensaiados e individuais.
Me vi nos desenhos que se formam na fumaça saindo de suas bocas.
Me entorpeci. Ah! nos mais variados sabores que você pode oferecer, faz me bem, faz me esquecer de pensar e faz me deixar de ser eu.
Se você não existir de vez em quando em minha vida, eu não encontro sentido em acordar todos os dias dos sonhos confusos de olhos abertos.



One Response to “Dionísias urbanas”

  1. V Bazani says:

    Lindo!

    E muitas vezes me pego ludibriada pelo silêncio, como paralisia existencial me faço culpada de tudo, lanço-me de encontro aos muros da vida com tanta força para sentir impactos, sentir algo que já não mais sinto e quando este sentir se dessipar por completo terei apenas o silêncio da indiferença.
    Meu calar de pensamento, de voz e sentimento, meu pesar sobre nada, meu vazio traduzido em palavras surdas, meu grito desesperado abafado pela aceitação etérea.

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